Sergio Rodrigues (1927–2014) foi um dos grandes nomes do design moderno brasileiro, reconhecido por traduzir a identidade nacional em móveis de linhas autênticas, materiais nobres e conforto absoluto. Em meio a um movimento modernista dominado por influências europeias, ele se destacou como designer por criar peças que, mais do que funcionais, carregavam uma forte expressão cultural.
Prestes a completar seu centenário, Sergio Rodrigues marca presença forte na CASACOR São Paulo 2025. Sofás, poltronas, cadeiras e outras peças do profissional aparecem em destaque em diversos ambientes da maior mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas. Eles demonstram a atemporalidade do trabalho do arquiteto, trazendo tradição, luxo e afeto aos espaços.
1. Tempo Presente – Leo Shehtman: Poltrona Vivi
Uma das criações de Sergio Rodrigues que compõe a CASACOR 2025 é a poltrona Vivi. O mobiliário aparece no living de 76 m2 de Leo Shehtman, em contraste com a parede de tijolos de vidro. A peça em questão presta homenagem a uma importante figura dos anos 1960: a socialite carioca Vivi Nabuco. Ela ganhou o apelido de “cama de gato” – o que revela também a paixão do designer pelos animais.
2. Loft Alvorá – Paula Neder: Cadeira DAAV
Paula Neder incluiu a cadeira DAAV, de Sergio Rodrigues, na composição de seu loft de 72 m2. O modelo foi um dos grandes sucessos do designer nos anos 1980, criado especialmente para o hotel Mofarrej Sheraton. Em 2007, o produto passou por uma reedição – chegando à CASACOR ao redor da mesa de azulejos coloridos.
3. Hall Raízes – Renzo Cerqueira: Sofá Mole
Uma reedição do sofá Mole, criado pelo arquiteto em 1957, é parte importante do ambiente de Renzo Cerqueira. A peça é reconhecida como símbolo da capacidade de Sergio Rodrigues de transformar seu bom humor em móveis que traduzem a alma brasileira. O espaço também inclui elementos arquitetônicos, texturas e iluminação voltadas às sensações de acolhimento e encantamento.
4. Estúdio Potiguar – Rodra Arquitetura: Poltrona Cuiabá
Criada por Sergio Rodrigues em 1985, a poltrona Cuiabá faz parte da família “Dadi” de mobiliários – e também do espaço da Rodra Arquitetura na CASACOR. Os vãos circulares acima do encosto prestam homenagem à família do próprio arquiteto. Da mesma maneira, o home office de 31 m2 também busca remeter à memória e brasilidade.
5. Casa Coral – Maurício Arruda: Sofá Tonico
Ao entrarem no ambiente de Maurício Arruda na CASACOR, os visitantes se deparam com o sofá Tonico. Trata-se de uma derivação natural da poltrona homônima de Sergio Rodrigues, apresentando o mesmo rolo avantajado como solução de conforto à cabeça. Vale destacar que a valorização das criações nacionais não se limita à peça clássica: 100% dos itens utilizadas no ambiente são brasileiros!
6. Casa de Novela – Gabriel Fernandes: Sofá Paraty
Gabriel Fernandes pensou em todos os detalhes para trazer o clima de “casa de novela” ao seu espaço de 90 m2. Entre os itens que compõem a narrativa, está o sofá Paraty de Sergio Rodrigues. A peça é uma variante da poltrona com mesmo nome, projetada em 1963 e reeditada em 2018 – caracterizada pela estrutura em concha única, elegância e conforto.
7. Ciclo Vivo – MAAI: Poltrona Chifruda
Os arquitetos Arnaldo Pinho, Monica Pinto e Isabel Veiga imaginaram a convivência entre passado, presente e futuro através da sustentabilidade em seu ambiente na CASACOR SP. Nada melhor para isso do que uma das criações mais icônicas de Sergio Rodrigues: a poltrona Chifruda. Desenhado em 1962 como parte da exposição “Móvel Como Objeto de Arte”, o objeto retrata a paixão do criador pelos vikings.
8. Casa Rumo – Tufi Mousse: Cadeira Júlia, Sofá Hauner e Cadeira DAAV
Tufi Mousse não incluiu apenas uma peça de Sergio Rodrigues em sua composição, mas três! São elas: cadeira Júlia (criada também para o Mofarrej Sheraton Hotel), sofá Haunter (com almofadões soltos na frente e prancha de apoio para objetos nas costas) e a cadeira DAAV, que se reafirma como ícone ao aparecer em mais um ambiente da CASACOR. As peças completam a narrativa de união entre modernismo brasileiro e inovação.
9. Escritório Urbano de uma Jovem Amazona – Daniel de Castro Cunha: Poltrona Beg
A proposta do escritório de Daniel de Castro Cunha é essa: reunir móveis franceses campesinos do século 19 com peças de design brasileiro dos anos 1950 e 1960 – expressando o estilo de vida dinâmico de uma jovem apaixonada por cavalos, arte e antiquariato. Nesse contexto, destaca-se a poltrona Beg, criada por Sergio Rodrigues para a mesa de reuniões do Banco do Estado da Guanabara, em 1967.
10. Sala Clareira – Sala2: Banco Mocho
Enfim, o banco Mocho aparece aos olhares mais atentos no ambiente da Sala2 na CASACOR. O objeto posicionado ao lado da estante decorativa foi inspirado nas rústicas banquetas de ordenha, criado em 1954 por Sergio Rodrigues. Disponível em diversas opções de cor, a peça foi relançada em 2014.
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